Testemunho de Ângela Santos, Board Member e responsável pelo desenvolvimento de Capital Humano da Abaco Consulting para a Revista CHRLP, páginas 8-10: https://wisloc.com/crhlp-no23/
O que poderemos esperar de uma era pós-Covid no mundo das organizações? O que ficará destes tempos de trabalho remoto? Que novos hábitos se terão criado? E novas estratégias? Questões que são o ponto de partida desta reportagem.
Os talentos serão as peças centrais no processo de adaptação
Ângela Santos, ‘board member’ e responsável pela gestão de talentos da Abaco Consulting, defende que «a principal prioridade é não nos focarmos em voltar ‘ao que era antes’, mas sim adaptarmo-nos a uma nova realidade, com novas exigências, e acima de tudo continuarmos a entregar aos clientes com o mesmo nível de qualidade». E acrescenta: «É possível que as principais mudanças que sintamos sejam no modo como as empresas se irão relacionar com os clientes, os parceiros e os colaboradores.»
A responsável, que fez parte em 2004 do grupo de fundadores da tecnológica, tendo desempenhado várias funções ao longo das fases de crescimento da empresa – desde a implementação e a gestão de projetos, passando pela responsabilidade pelas operações, até às funções atuais –, prossegue: «Acho que já conseguimos perceber que somos igualmente eficientes em modo remoto, pelo que considero que o teletrabalho aumentará consideravelmente e assistiremos a uma diminuição do espaço útil de trabalho nos escritórios. Na mesma linha, o facto de haver menos deslocações vai permitir um aumento de interações diárias, e o ritmo com que tomamos (ou recebemos) decisões irá acelerar. Perspetivo alguma pressão na capacidade de entrega e na necessidade de existirem ferramentas que nos permitam acompanhar esse ritmo.»
«O teletrabalho obrigou-nos a estar mais perto das nossas equipas e a descobrir que mesmo longe fisicamente conseguimos lidar com situações inesperadas, urgentes, mas também a encontrar dentro de nós a força positiva que nos orienta e que nos permitiu e continua a permitir reforçar a nossa cultura organizacional», partilha Ângela Santos, que é licenciada em Relações Internacionais Económicas e Políticas pela Universidade do Minho e tem um MBA em Gestão e Marketing na Porto Business School. E prossegue: «São as empresas com uma cultura forte as que mais confiam nos seus talentos e lhes dão autonomia para improvisar as que se adaptam mais facilmente. Para isso é fundamental ligar e aproximar os colaboradores em torno de discussões relevantes e partilhar informações críticas sobre a organização.»
E a finalizar deixa um alerta: «Nunca poderemos esquecer que cada pessoa é única, tem experiências e expectativas distintas, e pode contribuir de formas diferentes. Um gestor de recursos humanos deve articular as suas pessoas, abrindo-lhes o caminho para aquilo que elas fazem melhor e complementando os vários talentos numa equipa, focando-os num propósito. Se a isso aliarmos um ‘mindset’ geral de foco nos colaboradores, de ‘humanity’ na organização de processos desenhados para melhorar a experiência das pessoas (estejam juntas ou distribuídas, mas sempre conectadas) e de envolvimento para a contribuição, os talentos serão efetivamente as peças centrais no processo de adaptação constante a que uma empresa é obrigada nos dias de hoje.»
A Abaco Consulting tem a sua sede na cidade do Porto, bem como escritórios em Lisboa, São Paulo, Londres e Genebra. A empresa é considerada uma referência na consultoria de ‘software’ de gestão SAP, sendo atualmente composta por cerca de 250 consultores especializados e tendo o seu negócio focado em três áreas-chave: implementação e manutenção de sistemas de informação SAP e desenvolvimento de produtos. A Abaco Consulting já opera em três continentes, nas diversas soluções SAP (SAP S/4 HANA, SAP Business All-in-One e SAP Cloud Solutions) e com as suas próprias soluções.
Texto: Just Media
